Post de Inspiração

Pra trazer um pouquinho de felicidade,criatividade, excentricidade e todas essas palavras legais terminadas em "-ade" .


Essa última ali é só porque hoje é meio que o final do ponto onde essa minha vida fora da caixa começou.Ah,deixa pra outro post.

Resenha : "Resposta Certa" , de David Nicholls

Resposta Certa
Autor:
David Nicholls
Editora: Intrínseca
Sinopse:
O ano é 1985. Brian Jackson, com uma bolsa de estudos e ótimas notas, acaba de entrar para a universidade. E parece que finalmente conseguirá realizar um antigo sonho: aparecer em um popular programa de perguntas e respostas na televisão, onde poderá demonstrar todo o seu repertório de cultura geral. Após entrar para a equipe da faculdade e passar pela fase classificatória, Brian se prepara para seu primeiro embate televisivo, ao mesmo tempo em que se vê apaixonado por uma de suas colegas de time: a linda, inteligente e assustadoramente elegante Alice Harbinson. Quando Alice se recusa a ceder aos encantos ligeiramente ansiosos de Brian, ele aparece com um plano infalível para conquistar o coração de sua amada de uma vez por todas. Ele vai ganhar o jogo. A qualquer custo. Porque, afinal, todos sabem que o que uma mulher realmente procura em um homem é uma vasta gama de conhecimentos gerais... 


"Como se decepcionar em 352 páginas " deveria ser o nome desse livro.Ok,talvez eu esteja sendo meio radical nisso. "Como se decepcionar até a parte 2 do livro e perdoar o autor depois da parte 2" . Pronto,agora está bem melhor.
Brian Jackson ao mesmo tempo é e não é um típico jovem adulto dos anos 80.Ele saí para beber com seus amigos,vai para a faculdade cursar Literatura Inglesa e fica caidinho ( é sério essa gíria? ) pela menina mais rica,linda e loira dali.Além disso,para provar que não é um inútil qualquer,entra para o "Desafio Universitário",um game-show de perguntas e respostas onde só esses mais nerds ,que sabem um pouco ( ou um tanto ) sobre tudo entram e participam.Brian só não esperava que a faculdade fosse totalmente ao contrário.
Veja bem,é um livro legal de ler.Mais ou menos.
Conta sobre a vida "pós-adolescência" do menino,suas paixonites,suas esquisitices ( porque vamos combinar,quem sabe em qual ano todos os presidentes dos EUA nasceram,não é muito bom da cabeça ),suas roupas de vovô e seus ataques de vômito duas vezes a cada quatro dias.O problema que David Nicholls teve na construção da história foi o que eu chamo de "entupimento de linguiça" ,porque chega a um ponto em que você só quer continuar lendo para ver se o próximo vômito de Brian irá ser em sua casa ou na rua mesmo.Bem arrastada a leitura.
Sobre as personagens,outro probleminha.Não consegui simpatizar nem com Brian,o principal,e muito menos com Alice,sua paixão da faculdade,loira e linda.Ambos muito chatinhos e cheios de não me toque,além das citações que você só entende se gostar muito de literatura europeia.Acho que os únicos personagens que realmente me entreteram foram seu melhor amigo barra pesada ( e as gírias anos 80 vão rolando soltas ) ,Spencer,e sua amiga anticomunista da faculdade,Rebecca.Os dois são muito divertidos e realmente bem montados,sem falhas na personalidade ou na história.Esses dois valeram a leitura.
Falando nisso,a leitura foi boa por duas coisas : as perguntas e respostas no início de cada capítulo que,se bem interpretadas,você já saberia em parte como seria o "astral" do capítulo;os últimos três capítulos,que são a conclusão da história junto aos fatos decorrentes do "Desafio Universitário" .Muito bem humorados e inteligentes,esses três capítulos me fizeram guardar o livro na estante e conter meu desejo de enfiá-lo dentro da gaveta.Eles somados à capa,que eu achei super divertida e cômica ,bem diferente do livro,então.O que me leva a pensar em um velho ditado, "Não julgue o livro pela capa".
Um livro que tem tudo pra ser divertido e legal,mas que só acontece no final,com personagens não-tão carismáticos e cerveja seguida de vômito;muita cerveja e vômito.Esse é o "Resposta Certa",de David Nicholls.E,se serve de consolo,ele foi escrito 6 anos antes do lindo,maravilhoso e chorante "Um Dia",do mesmo autor.Ou seja,David,você está perdoado ,rs .

Chuva, (mais) reclamações,Carpe diem e beija-flores


Essa é a minha terceira tentativa de escrever um post bom pra cá,e espero que seja a última.O barulho da chuva,mesmo sendo um dos sons que eu mais gosto no mundo,esta me impedindo de escutar minha música inspiradora e causando,indiretamente,essa minha dor de garganta horrível.A mudança de clima é pior que tia na menopausa.Tirando o fato de que eu ainda tenho que lavar meu cabelo e zero chances dele secar hoje - sem o secador,que queimou.Além disso,minha paciência pra qualquer coisa esta abaixando ao longo do dia,e ainda tenho zilhões de deveres de casa pra fazer (isso inclui 4 páginas do livro de física + exercícios de química ).
E o dia que tinha tudo pra dar certo,esta acabando em uma tarde chata em que perdi meu tempo tentando baixar UM episódio - sim,isso mesmo,APENAS UM - de The Walking Dead,já que a internet é suficientemente lerda pra cancelar o download assim,do nada,por conta própria.E,como se isso tudo já não fizesse meu dia ficar chato,to numa preguiça sem tamanho,e tá um saco isso tudo.Ah,e também to reclamona pra caramba.
Normalmente,eu não deixo bobagem nenhuma estragar nem um minuto da minha vida porque é como dizem, Carpe diem . Mas parece que o mundo conspirou contra muita gente hoje e ,pra toda vida alheia que eu olho,tem alguém triste/ansioso/com raiva/chateado/mandando o "Carpe diem" pro quinto dos infernos.Bom,ninguém nunca me impediu de sentir isso,essa coisa maçante e que me puxa pra baixo,mas eu simplesmente não me autorizo à fazê-lo.Aproveitar a vida e etc...Só que hoje tá difícil viu.Eu achava que nem meu príncipe Ed Sheeran iria me alegrar.
Então eis que começa a tocar aquela música antiga,do nada,bem no meio do CD que você tava ouvindo.Tipo,bem aleatório mesmo.Como se você estivesse escutando Madonna e então começasse a tocar Sandy e Júnior.
E ai,olhei pra fora da janela,e vi meu beija-flor.Meu beija-flor que há um ano fez um ninho no telhado ,e eu acordava com ele tentando entrar pelo vidro.Vi ele novamente,e um ninho novo,colado com o antigo.Ele estava voando parado no lugar,e ficou assim por uns 10 segundos me olhando - ok,eu não sou tão drogada assim ,então eu tive a impressão que ele estava querendo entrar no meu quarto,e só ,rs.
Então,como o ponto alto do meu dia,talvez o secador volte a funcionar e eu ache outro link - um que preste - pra baixar meu episódio.Talvez amanhã a dor de garganta já tenha ido embora e meus deveres de casa já estejam feitos e estudados,tudo direitinho.
E,talvez,o beija-flor volte ano que vem para,novamente,me colocar pra cima e transformar toda essa preguiça que brilha em minha volta ,pra um tipo de disposição mágica ( além de trazer de volta minha criatividade para fazer posts legais,porque eu sei que esses de reclamações e mimimi já estão enchendo o saco ).
Nesse momento,é só isso que eu quero.

Milo Greene - 1957


Ela era nada e tudo para mim.Nada que se espera de uma mulher normal,tudo que se espera de uma mulher perfeita.Não tão alta,não tão baixa.Seu cabelo era rosa as vezes,e castanho escuro sempre.Mas seus olhos verdes nunca alteravam de cor.Era a ladra com menos problemas na hora do furto,e o ser humano mais silenciosamente escandaloso do outro lado da rua.Por onde ela passava,seu brilho contagiava o ar e as pessoas sorriam para ela.Ou era ela quem sorria para as pessoas?Bem,acho que nunca vou realmente saber,pois sempre estava ansiando por juntar nossas mãos e nunca mais soltar.
No mesmo dia em que nos encontramos,nos separamos.
Minha casa era suficiente para abrigar ela,eu e mais meia dúzia de crianças piolhentas e de cabelo rosa.O lago esplendoroso e pacífico em frente à grama e o barro era ...bem,era esplendoroso e pacífico.Decoramos e marcamos cada parte da casa,e depois fomos nadar.Sim,nadar.
Desesperados por uma aventura não tão louca,por um sonho que realmente era a realidade naquele instante.Primeiro sua blusa,minha blusa;sua calça,seu sapato;minha calça,meu sapato.Pulamos naquele escuro e gelado mar parado e ,depois do primeiro mergulho,eu entendi tudo.
Ela era nada e tudo para mim.Nada que podia realmente existir,tudo que eu nunca poderia ter.