Resenha: "Estilhaça-me", de Tahereh Mafi

Oláaaaaa nação. Hoje venho com a resenha de um livro que, para falar o mínimo, me deixou sem ar. Li em menos de 3 dias e já estou me matando para comprar a continuação. Espero que vocês leiam e, se já leu, me fala nos comentários o que achou!

Estilhaça-me 
Autor: Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Sinopse oficial:
Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.

BOM, o que falar dessa série que mal conheço mas já amo? Tenho que admitir: demorei um tempão pra pegar Estilhaça-me e ler de verdade, puro preconceito por essa capa, porque vamos combinar né? Que raios de capa é essa? Sempre via a versão americana nos blogs gringos e, né, bem melhor. Sim, muitas vezes eu escolho o livro pela aparência. Sei lá, acho que uma das principais coisas que fazem o livro ser atraente é a capa e, muito antes da sinopse ou os comentários de outros autores na própria capa, é a primeira coisa que nos convence (normalmente) a comprar um livro. E não consigo descrever o tanto que me arrependi por ter ficado nesse preconceito bobo.

Imagine que você, uma adolescente, em seus 17 anos de vida, nunca tenha tocado alguém. Não porque você não queira, mas pelo fato de que sempre que encostam em sua pele, algo muito ruim acontece ao outro, como se estivessem quebrando-se despedaçando-se estilhaçando-se. Toda a escola, a cidade e até mesmo seus pais tem medo de você, e te excluem como se estivesse com uma doença altamente contagiosa. Até que um dia, decidem te prender em uma cela do governo, por 264 dias. Sem ninguém por perto, sem ver a luz do dia por muito tempo sozinha sozinha sozinha. Essa é Juliette, nossa protagonista com super poderes, que sempre achou o mesmo que todos dessa sua "habilidade": uma doença.
Com um começo meio caótico, Estilhaça-me é especialmente poético, muitas vezes apresentando a falta de pontuação, palavras repetidas repetidas repetidas e riscadas, como se Juliette se arrependesse do que sentiu ou pensou e decidiu estilhaçar suas palavras (opa, trocadilho infâme). Mas, de maneira inteligente, essa diferença na escrita meio que ajuda na aproximação dos sentimentos de Juliette com o leitor. Como se ela estivesse falando diretamente com quem está lendo.
"Não consigo me lembrar do calor de qualquer tipo de abraço. Meus braços doem em virtude do inescapável gelo do isolamento. "
 A protagonista é, muitas vezes, confusa, teimosa e bagunçada, mas dá pra entendê-la. Poxa, a menina fica quase um ano trancafiada, com o mínimo de comida por dia e ainda querem que ela saia de lá bonita e poderosa? Ah, é, ela sai da cela um tempo depois. De repente, o hospício em que ela está trancafiada, decide colocar outro prisioneiro em sua cela, e então conhecemos o Adam. Note que eu escrevi O Adam, e não apenas seu nome. Isso porque ele não está ali por coincidência, e nada acontece por coincidência nesse livro, o que vai te surpreender positivamente a cada capítulo. Adam é estranhamente familiar para Juliette e, se vocês ainda não entenderam o recado, eu destaco: ALERTA SHIP.
Estilhaça-me é um livro distópico, ou seja, traz como um dos principais assuntos uma sociedade futura que poderia muito bem ser o futuro da nossa sociedade (entendeu? hahaha!). Os pássaros não voam mais, os animais não são mais livres e as estações existem apenas nas lembranças. As pessoas abdicaram de seus direitos e vidas para o Restabelecimento que, em primeira ordem, seria um tipo de "governo" que ajudaria à tudo e à todos, restabelecendo (trocadilho infame número 2) a ordem natural do mundo antes de toda a poluição dominar o planeta Terra. Mas, claro, não foi exatamente isso que aconteceu. O tal governo se mostra uma ditadura desenfreada, e as sociedades sofrem com a desigualdade. E é aqui que eu cito o personagem que mais me prendeu nesse livro: alerta bad-boy WARNER alerta bad-boy. Note que escrevi em caps lock, sublinhado e itálico o que o torna super-master importante!!! 

Warner é quem controla uma das áreas que foram dividas entre comandantes (??), e é filho de um importante líder desse novo mundo futuro. Spoiler ou não, ele "salva" Juliette de seu exílio e a leva para sua "casa" (aí que ela sai da cela,hihi), com propósitos que vão além da atração física da menina (que, omg, não se olha no espelho faz 3 anos!!! what, alguém me explica isso??). 

E te dou um top 5 de porquê Warner me atraiu tanto:
  1. Jovem adulto renegado pelos pais quando mais novo;
  2. Gato maravilhoso sarcástico e irônico;
  3. Dá cama, comida e roupa lavada;
  4. Ama sem pedir nada em troca;
  5. É psicótico no nível certo para se apaixonar e querer saber mais sobre esse cara.
Não pense em Warner como o mocinho da história, não ainda. Até porque Adam está ai para isso: satisfazer as necessidades românticas de leitoras avidas por quotes fofinhos e colocadas de cabelo atrás da orelha. Ele e seus olhos azuis vão te conquistar em sua primeira fala.
Mas não Warner. Ele é maluco, psicótico, atraente e louco por controle, e você não vai gostar dele de início. Talvez nunca goste desse cara mas, como Juliette, vai sentir aquela curiosidade do inferno. Warner é aquele bad-boy que toda leitora de YA e NA simplesmente ****AMA*** . 

"Seu sorriso está atado com diamante.
-Vá dormir.

-Vá pro inferno.
Ele movimenta a mandíbula. Caminha até a porta.
-Estou trabalhando nisso. "
No momento: caída no chão.


Estilhaça-me foi uma reviravolta no meu mundo bem paradinho de distopias+romance, e não me arrependo nem um segundo de o ter lido tão rápido. Se você estiver procurando por ação, beijos debaixo do chuveiro, uma menina que mata as pessoas pelo toque (x-men feelings) e um triângulo amoroso muito bom, esse é o livro para você.
"Há segredos por todos os lugares. Não há respostas em lugar nenhum."

P.S: até o fim desse post, Gabriella Carvalho segue sem saber a pronúncia ou a grafia correta do nome da autora, mas possui muito respeito pela mesma.

2 comentários:

  1. Eu curti Estilhaça-me, mas as vz tinhas umas coisas que me irritavam e uma delas, era essas letras cortadas...rs
    Vamos ver como a série se encaminha ;)

    Andy_Mon Petit Poison
    POISON BOOKS - Fênix: A Ilha (John Dixon) bit.ly/1i8Hsov

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    Respostas
    1. Me irritava só a Juliette indecisa até a alma! hahaha
      Mas to doida para ler o resto da série, sempre vejo as gringas surtando por causa dela!

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